De uma forma
geral, as pessoas gostam muito de falar no perdão. Mas acho que nem todas as
pessoas são capazes de realmente perdoar.
Per.do.ar 1.
Desculpar (pena, culpa, dívida, etc.) 2. Conceder perdão ou desculpa.
(Ferreira, 2001).
Perdoar envolve muito mais que um simples expelir palavras, muito além
de dizer “tudo bem, te perdoo”. Perdoar exige uma postura de atitude, de
verdadeiro desejo de apagar um erro do rol de fatos da vida.
É preciso querer perdoar. Sempre desconfio de atitudes que sejam muito
automáticas ou extremamente rápidas, quando se fala de relacionamento humano.
Nós somos assim, seres complicados e que desenvolvem relacionamentos também
complicados. Não penso que seja fácil ou simples dizer que perdoa alguém. É
preciso que você elabore o que aconteceu, de que forma isso ou aquilo te
afetou, o que você fez, o que deveria ter feito, o que deixou de fazer. É
preciso que você pense no que fez ao outro e o que o outro fez. E qual a sua
carga de responsabilidade nisso tudo.
Acho que perdão envolve muito mais você reconhecer que você também é
passível de erro, que você também já magoou alguém e que precisou (precisa?) do
perdão dessa pessoa. Quando temos em pensamento que nós mesmos podemos gerar “dívidas”
com alguém, que também erramos e que precisamos sempre nos auto avaliar, aí
sim, penso que começamos a entender o perdão e a buscar formas de fazer com que
ele aconteça.
Perdão não vem rápido. É uma construção que vem com o tempo e o esmero
das pessoas envolvidas.
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