Com
a chegada da internet, principalmente com a popularização da banda larga (alta
velocidade na troca de informações virtuais), passamos a ficar mais tempo
frente ao computador. Hoje podemos visitar qualquer lugar do globo com um
simples clicar do mouse em um link. Assim, as fronteiras físico-geográficas não
mais intransponíveis: hoje podemos nos comunicar com alguém que esteja na
China, por exemplo, em tempo real, como se ela estivesse realmente perto de
nós.
Os relacionamentos, desta forma,
também se alteraram, pois podemos conhecer pessoas de dentro de nossa própria
casa. Ao mesmo tempo em que aumentamos o contato com alguém que está longe e
que temos a possibilidade de conhecer novas pessoas, corremos os riscos de nos
aprisionarmos em um mundo virtual em detrimento do mundo real.
A praticidade que a internet nos
oferece de manter contato com as pessoas pelo virtual (lembrando-nos aniversários,
compromissos, propiciando convites para eventos etc.), se não for utilizada com
cuidado, faz com que esqueçamos da importância do contato humano, do
“tête-à-tête”.
Não é com pouca frequência que vejo
pessoas reclamando dessa artificialidade nos relacionamentos atuais. Há pessoas
que até se negam ter perfis em redes sociais por ser contra essa postura
“virtualista” (para usarmos um neologismo), que em seu modo de ver esfriam a
relação.
Acredito que não devemos ser
radicais a ponto de negar a possibilidade de nos relacionarmos virtualmente, já
que a internet pode unir as pessoas que estão longe e que não podem se ver
constantemente. Há que se considerar a importância das redes sociais
atualmente, tanto que o Papa Bento XVI, recentemente, abriu uma conta no
microblog Twitter para tornar-se mais próximo ao seu povo.
Na verdade, o que devemos ter em
foco é aquela antiga dica do equilíbrio: tudo o que está em excesso (ou em
déficit) é prejudicial. Se estamos numa era em que os relacionamentos são
mediados pelo computador/internet, devemos estar atentos para que não nos
esqueçamos que o contato real é tão importante (ou, às vezes, mais) que o
contato virtual. Um abraço e até a próxima!
(Publicado no Jornal Nossa Igreja Católica, jan./13)
Nenhum comentário:
Postar um comentário