sexta-feira, 29 de maio de 2009

Perdas

Perder pode ser bom e pode ser ruim. O engraçado é que eu passei por esses dois aspectos no mesmo final de semana. O que você quer primeiro: a perda boa ou a ruim? A ruim... sabia^^ - então a boa ameniza a ruim. Ok. Sábado passado perdi uma companheira de classe. E o engraçado é que até agora parece-me que é mentira - parece que ela vai voltar na classe e que daremos risada disto tudo. Mas ela se foi, este é o fato. Acho ue faz parte desta elaboração do luto, este sentimento de que as coisas vão voltar a ser o que eram. Mas não voltam (e nem mesmo quando são acontecimentos bons as coisas ficam como estavam - é como diz a música "nada do que foi será/de novo do jeito que já foi um dia"). Essa perda é ruim porque nos tira algo de forma dolorosa. A Gi se foi; o modo como ela se foi é desumano - morrer pisoteada provavelmente deve ter sido muito dolorido e lhe causado muito sofrimento. O que se passa é que você lembra justamente do quanto ela era cheia de vida, esbanjando alegria. E é assim que eu me lembro dela (Graças a Deus, bloqueei a terrível imagem que vi em seu velório). As perdas ruins são assim: nos fazem perder com dor e nos trazem sofrimento.



No domingo eu perdi o ar, o chão, a noçao do tempo. Essa perda foi boa. Encontrei meu amor. Essa perda faz com que queiramos que ela volte sempre. Perder o ar com a pessoa amada é bom demais. Perder-se no tempo, no abraço, nos beijos. Até perder o ônibus fica gostoso. Parece que perdemos, mas ganhamos muito mais. E isso faz a vida ficar gostosa, faz você sentir vontade de vivê-la mais. E você, perde por um minuto a noção de que o mundo não é justo, de que existem coisas ruins nesta terra. E ester perder faz parte do amor - é um perder gostoso, que nos faz bem.


Por hoje é só.
(fotinha de domingo).