terça-feira, 2 de julho de 2013

Deitou-se


Deitou-se, os olhos pesando o cansaço do dia. Queria repouso, um sono tranquilo que logo veio.
Mal fechara os olhos, sentiu seu toque em sua pele, seu cheiro.
O toque.
A pele arrepiada.
Tocou-lhe os lábios, sorveu-os. Sentiu sua língua, seus movimentos.
O castanho de seus olhos penetravam em seu ser, como que invadindo o medo e o anseio daquele momento, descobrindo em cada célula de cor, em cada respiração o quanto esperava por aquele momento.
As palavras não precisaram existir. Era apenas o aproveitar.
O sexo.
As mãos passearam, buscaram sua textura, sua pulsação, seu calor.
Como imaginava.
O prazer inundava cada parte de seu corpo. Seu clímax chegava. Faltava pouco.
Quase lá.
Abriu os olhos, queria ver o prazer estampado neles, como ouvia na respiração alheia.
Decepcionou-se, o suor banhava apenas ao travesseiro.