terça-feira, 20 de abril de 2010

Distantes em nós



Os dias vão-se vagarosamente,
Longe.
Os minutos escoam, como areia em mão aberta,
Perto.

O trabalho exige,
A escola pede,
Os pais requerem,
A vida não fica atrás.

Noites que não descansam,
Alimentos que não fortalecem,
Água que não se permite refrescar.

O calor do corpo tão desejado,
O perto que foi esperado,
Juntos e Longes.

Perdidos em nós mesmos.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Sem você


Os quilometros separam
O ônibus te traz para mim
Ou eu pra ti.
O tempo escoa,
A hora voa.
Por que o tempo nao para,
Quando estou com você?
E sem você aqui,
Sem o seu riso,
Seu jeito moleca,
Como faz?
E você aí,
Nos seus perrengues,
Nas suas dores,
E eu aqui. Como faz?
Meus medos, minhas preocupações
O trabalho, a faculdade.
A vida.
Cade seu colo pra eu descansar?
As letras que aparecem na tela do celular,
Uma janela que pisca no pc.
Os satelites me permitem falar:
Te amo. Amo você.
A tua pele, suave.
Teu corpo quente,
Boca que acolhe, mão que...
Me prende.
Sem você me privo das maravilhas
De um amor-todo-dia
Do cotidiano daquela música,
Dos beijos de hortelã, dos beijos de desejo.
Sem você aqui, pessoa.
Com você aqui, amor.
Com você, que não sai de mim.
Você, que transforma em alegria a dor.