terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Gosto...


Teus negros cabelos, caindo em cascatas sobre teus ombros;
Teus olhos negros, dóceis e ferozes;
Teu sorriso, às vezes bobo;
Teu jeito menina inocente, mulher decidida;
Tua voz irritantemente envolvente, me levando a lugares, antes, inexplorados;
Teus erros, teus acertos.
Tuas teorias mirabolantes.
Defeitos? O amor me faz relevar...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Desejo


Pinta teus lábios de vermelho-sangue
Une-os para dispersar a cor.
Mostra teus dentes perfeitos, brancos
Teu sorriso luz-de-sol.
Me acalenta, faz-me inspirar teu perfume,
Toca meu rosto com tuas mãos delicadas, 
Passeia por ele.
Diz meu nome,
Acaricia meus cabelos,
Me puxa.
Olha em meus olhos,
Vê meus segredos há tempos ocultos.
Ri das besteiras.
Me beija!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Julgar sem conhecer...

Esses dias tava pensando no quanto julgamos as pessoas e, a partir disso, em geral, nos afastamos delas. Talvez porque o “cabelo é estranho”, as convicções religiosas são diferentes, a cor da pele não é a mesma que dos familiares, a orientação sexual não é a socialmente aceita etc etc etc (poderia trazer milhões de exemplos aqui). E não é que neste fim de semana, entrei em contato justamente com isso, uaahhaa!
Primeiro no Conectados a Cristo, no encontro preparado pelo Ti e pela Tati, que abordaram esta questão. Depois em casa. E por fim, na igreja. É fácil, no mundo como o que vivemos ser assim. Já falei em algum lugar (não lembro se foi aqui ou no jornalzinho da paróquia) mas a sociedade como a que temos, na qual estamos inseridos, propõe mesmo que sejam valorizadas sempre as atitudes centradas no próprio eu. Se outrora vivíamos o teocentrismo, hoje eu penso que vivemos no egocentrismo, ainda que atitudes “altruístas” sejam consideradas importantes e valorizadas, no fundo não é isso que a sociedade valoriza. Aquele que se preocupa com os outros é o “bobão” que é “usado” por quem está próximo, em alguns casos. Proporcionalmente, aquele que obtém demasiado sucesso, ainda que para isso tenha utilizado o outro como plataforma/escada, possui um ótimo status.
Eu acredito, e tenho comprovado isso ao longo dos anos, em especial de 2008 para cá (talvez pelo maior amadurecimento que a velhice (kkkk) tem me proporcionado), que é na convivência que conhecemos as pessoas. E quando digo convivência, é nesta coisa real, de pele com pele, olho no olho: a internet ainda é um espaço que não consegue dar conta de proporcionar este conhecimento, ao menos na minha concepção. No real, não é a beleza que vai desviar sua atenção, não são as palavras “decoradas” ou friamente calculadas que veremos. São as atitudes. E elas, dizem muito.
E por isso esse lance de “à primeira vista” não me parece tão real assim. No “primeira vista” é a construção que a pessoa quer passar que aparece: é a aparência física, as roupas, o sorriso medido, o “olhar 43”, são as palavras estudadas. Não, não... é preciso con-viver. Vivenciar várias situações, várias vezes. É a hora que os padrões comportamentais aparecem. É a hora em que aquele lado escondido aparece. E é ai que vamos ver quem realmente é a pessoa.
Por fim, não quero dizer que todo mundo tem 80% de um lado negro escondido – longe disso! Mas, que antes de julgarmos alguém, precisamos viver com esta pessoa. Assim, não estaremos nos relacionando pelos conceitos anteriores (pré-conceitos), mas pelo que fomos apreendendo da pessoa em suas atitudes diárias. Aí, entramos num outro ponto: o que apreendemos é realmente o que é? Deixemos para conversar disso n’outro dia!
Até daqui a pouco. Abraços.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Angustia

De repente eu fiquei bem triste. Eu acho que até acordei de bom humor. Não sei por que, mas tive sensações tão boas de bons estar durante a noite. A minha irmã me fez levantar para ver minha mãe que não tava lá tão bem (mas já foi resolvido... algo passageiro) e acordei de madruga com uma “leveza” de espírito muito bacana. Levantei cedíssimo para ir ao PSF sem problemas... Vim trabalhar ok, mas agora me deu uma vontade louca de gritar, de mandar tudo para os ares. Me deu uma vontade louca de deitar no colo de alguém e chorar. De chorar muito e sem motivo, chorar até limpar tudo isso que está me corroendo por dentro. E receber cafunés até adormecer e este sentimento ruim passar. E ser acordado, quem sabe, por um beijo doce para dizer que tudo, enfim, ficou bem.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

As cores do nosso quadro

Começamos mais um ano e com ele, criamos uma série de promessas e metas a serem cumpridas: regime, educação, controlar contas, ir mais à igreja, deixar de fumar ou comprar excessivamente, etc. Esboçamos no início do ano aquilo que queremos empreender no decorrer de 2012; não somos bobos – sabemos que há intempéries que poderão dificultar que consigamos atingir essas metas, mas também que temos um Deus maravilhoso que nos dará muita força para conseguirmos alcança-las (principalmente se formos fiéis à sua Palavra).
Entendo que seja muito importante estabelecer esses objetivos para nossa vida: podemos nos organizar, estabelecer quais caminhos percorrer, quais escolhas fazer. Fazer este “rascunho” do ano permite que vejamos possibilidades para a nossa vida, que possamos pensar em como vamos afetar as pessoas, o que nossas ações vão ou não lhes causar. Tão importante é que vários setores da nossa vida utilizam o planejamento para organizar o ano: prefeitura, escolas, empresas e até mesmo nossa Igreja estabelece calendário para preparar-nos para os diversos momentos que nos conectam ainda mais a Deus.
Temos o esboço do nosso quadro para 2012. Temos a possibilidade de cores que podemos usar. E aqui temos um ponto importante a pensar: quais cores utilizarei para o quadro-vida deste ano? Posso escolher cores que ressaltem a vida, a alegria, o bem-estar; cores que celebrem as inúmeras graças divinas que cotidianamente recebemos. Mas posso optar também por cores sóbrias, que enaltecem a tristeza, os sofrimentos, as dores, as perdas... Posso ser um pintor que prefere retratar os obstáculos que a vitória.
Escolher por celebrar a vida neste quadro não significa que nos esqueçamos das dificuldades que teremos, das perdas que necessitaremos superar, mas significa que encontramos a mão de Deus em todos os momentos. Não é algo que seja fácil de acontecer, ou que em nossa pequenez saibamos logo de início – tal como amar, aprender a ver a mão de Deus agindo exige comprometimento, paciência, sabedoria e atenção.
Deus escolheu com carinho as cores para compor um quadro para nós: encheu de verde as árvores, de azul o céu, de vermelho as rosas... Mas também pôs o cinza na nuvem que chove (e faz a terra florir), escureceu a noite (para que as estrelam sejam vistas)... Deus nos deu um exemplo de como podemos compor o quadro de nossa vida, só nos basta seguir e (re)criá-lo no seu amor.
Que em 2012, nossa vida seja repleta do amor de Deus e que escolhamos as cores certas para compor, com sabedoria, a imagem que registraremos deste ano que se inicia. A todos, felicidades e até a próxima!

Publicado no Jornal "Nossa Igreja Católica" (www.basilicapatrocinio.com.br)