segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Processos


O mais importante é o que ficou pra trás?
Ou o que se vive agora?
Não, deve ser como as coisas serão amanhã.

O que vale mesmo a pena
É o olhar o processo, do primeiro
Ao último verso – se é que a história teve fim.

O ontem, o agora e o depois,
Mesmo que seja o feijão com arroz,
Que nos fez ser assim.

Por que isso ou aquilo?
Se podemos ver, ser ou ter
Isso e aquilo?

Ainda que nem sempre.

Às vezes é preciso escolher:
Rosa ou azul?
Peixe ou ovo?
Caro ou gratuito?
Eu ou você?

Às vezes é preciso juntar:
O roxo.
O cuscuz (paulista, claro).
Uma viagem.
Nós.

E a história?
A de contingências conta muito sobre nós:
Quem fomos, quem somos
O nós, os “eu”, os tu.
Os outros escondidos nas entrelinhas que poucos hão de ver.

As escolhas, o verso
Um texto.
Em foto.
Aquilo que se tinha pra dizer.