quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Amor, facas e tatuagens.

A gente aprende que amar é bom de mais. E a gente aprende que tem que se apaixonar. Quem disse uma coisa dessas? Será que já se apaixonou? Já viu que amor não é só o “felizes para sempre” com que se terminam os contos de fadas? Ah, amor é mais que isso e envolve um monte de coisas. Não que seja de todo ruim, mas também não é de todo alegria. Afinal, tem algo nessa vida que seja de todo alegria? To para ver ainda... Vai ver que amor é permitir que dilacerem seu coração com uma faca, que penetra até que o cabo encoste no tecido. E torcem essa faca. Não é apenas introduzir e tirá-la. Não mesmo... É inseri-la no seu coração e deixá-la lá... Vez ou outra, toca-se nela... Vem uma dorzinha... Daí torcem o cabo, igual parafuso, olham nos teus olhos com olhos-ternos e dizem “Eu te amo tanto”. E você permite e diz que ama também. Amor é isso, né? Renunciar, sentir a dor que não se sente, que não se fala, que não vê.  Mas tá lá na Bíblia: “o amor tudo suporta”. Então é isso: sentir e não sentir, tudo ao mesmo tempo. É isso, amor é beleza com toques de dor. É marca. Igual tatuagem, dói e fica para sempre (ou até que você se arrependa...).