Não
sei se é erro meu, dos outros ou se há algum erro. Pensando bem, acho que não
há erro algum, são apenas diferentes concepções e diferentes formas de se
enxergar o mesmo fenômeno, o que não pressupõe erros.
Já
acreditei algum tempo em “amor à primeira vista” – provavelmente por influência
da mídia que prega esse amor acontecido nos livros que caem, na batida no
corredor ou no drink que ferrou a
roupa que você tava na balada. Hoje, não acredito mais nisso.
Não
deixei de acreditar no amor, seria incoerente com as minhas escolhas de vida
dizer isso, ao contrário, acredito que ele existe sim, mas não como se vê.
O que
é o amor? É uma pergunta muito difícil de ser respondida, porque para cada
pessoa, creio que há uma forma diferente de se sentir amado. Sobre o amor,
tenho algumas considerações: i) há diferentes tipos, a saber: amor à Deus (ou à sua divindade religiosa),
que o amor que nos conecta à “algo superior”, à uma energia que nos conduz, nos
auxilia nas adversidades da vida; amor
aos pais e à família, que é um amor que nos liga àqueles que são
importantes por nos darem vida e amor, carinho e compreensão e também broncas,
brigas, castigos; amor aos amigos,
que é aquele que gente destina para a família que a gente escolheu, das pessoas
que vem e vão em nossa vida e que realmente fizeram a diferença nela. Há também
o que mais genericamente chamamos de amor, que é aquele amor a um parceiro, o amor que nos conecta a alguém de modo carnal,
sentimental e divino. Se ele é eterno ou não? Acho que não, e por isso que eu
acredito que não há amor à primeira vista.
Como
no filme “Como se fosse a primeira vez”, penso que o amor é algo que vamos
construindo, vamos conquistando e, deste modo, temos que mantê-lo ao longo dos
anos. Se pensarmos assim, não há o amor à primeira vista, mas uma atração à
primeira vista, um “tesão à primeira vista” ou um apaixonamento à primeira
vista.
Agora,
na minha visão, muitas pessoas confundem esse primeiro momento, este “apaixonar-se”
com amar. E conhecem alguém e logo já dizem “Estou amando fulan@”. Não, você
está atraído pela pessoa. Amar é outra coisa...