Contudo a grande massa não se cala frente à estas imposições do que é o correto. Organizam-se, movimentam-se contra a corrente. Como cada um faz para levantar a sua bandeira é algo particular de cada movimento. Hoje, assistimos à Parada do Orgulho LGBT de São Paulo.
As cores do arco-íris enchem a Paulista, a diversidade é celebrada, os direitos iguais (nem mais, nem menos) são berrados. Amanhã, as fotos das parada encherão páginas da mídia (algumas mídias noticiarão os milhões alcançados pela parada ainda hoje!)
Milhões. De pessoas; não só. Milhões de reais que são movimentados pela indústria-arco-íris: pulseiras, bandeiras, roupas... (sem críticas, hoje tem indústria-tudo: indústria-escola, indústria-igreja, indústria-100%negro...).
E onde eu quero chegar? Nos efeitos.
Hoje uma parcela grande da população tá de acordo com a beleza/diversidade/carisma do movimento LGBT. Amanhã as atitudes homofóbicas continuarão no cotidiano. As mortes continuarão ocorrendo, muitas vezes sem denuncias. A homofobia velada na mídia, os representantes...
Hoje eu vi dois apontamentos sobre a parada: 1. é uma balada a céu aberto e 2. é dificil acreditar em quem busca seus direitos se drogando, bebado e trepando em público.
Se pararmos para pensar, uma grande parte acaba sendo isso mesmo: diversão. A luta pelos direitos fica subentendida na festa toda. E de maneira alguma eu quero criticar a parada - talvez a visibilidae que o evento traz pode ser benéfico...
Acabei de me lembrar de uma frase do livro que estou lendo: o segredo é saber como morrer.
Talvez pudéssemos pensar que o grande segredo não é apenas lutar, mas saber como lutar.
Depois eu volto, acabou a hora-sem-facul.
Bjs,