terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Julgar sem conhecer...

Esses dias tava pensando no quanto julgamos as pessoas e, a partir disso, em geral, nos afastamos delas. Talvez porque o “cabelo é estranho”, as convicções religiosas são diferentes, a cor da pele não é a mesma que dos familiares, a orientação sexual não é a socialmente aceita etc etc etc (poderia trazer milhões de exemplos aqui). E não é que neste fim de semana, entrei em contato justamente com isso, uaahhaa!
Primeiro no Conectados a Cristo, no encontro preparado pelo Ti e pela Tati, que abordaram esta questão. Depois em casa. E por fim, na igreja. É fácil, no mundo como o que vivemos ser assim. Já falei em algum lugar (não lembro se foi aqui ou no jornalzinho da paróquia) mas a sociedade como a que temos, na qual estamos inseridos, propõe mesmo que sejam valorizadas sempre as atitudes centradas no próprio eu. Se outrora vivíamos o teocentrismo, hoje eu penso que vivemos no egocentrismo, ainda que atitudes “altruístas” sejam consideradas importantes e valorizadas, no fundo não é isso que a sociedade valoriza. Aquele que se preocupa com os outros é o “bobão” que é “usado” por quem está próximo, em alguns casos. Proporcionalmente, aquele que obtém demasiado sucesso, ainda que para isso tenha utilizado o outro como plataforma/escada, possui um ótimo status.
Eu acredito, e tenho comprovado isso ao longo dos anos, em especial de 2008 para cá (talvez pelo maior amadurecimento que a velhice (kkkk) tem me proporcionado), que é na convivência que conhecemos as pessoas. E quando digo convivência, é nesta coisa real, de pele com pele, olho no olho: a internet ainda é um espaço que não consegue dar conta de proporcionar este conhecimento, ao menos na minha concepção. No real, não é a beleza que vai desviar sua atenção, não são as palavras “decoradas” ou friamente calculadas que veremos. São as atitudes. E elas, dizem muito.
E por isso esse lance de “à primeira vista” não me parece tão real assim. No “primeira vista” é a construção que a pessoa quer passar que aparece: é a aparência física, as roupas, o sorriso medido, o “olhar 43”, são as palavras estudadas. Não, não... é preciso con-viver. Vivenciar várias situações, várias vezes. É a hora que os padrões comportamentais aparecem. É a hora em que aquele lado escondido aparece. E é ai que vamos ver quem realmente é a pessoa.
Por fim, não quero dizer que todo mundo tem 80% de um lado negro escondido – longe disso! Mas, que antes de julgarmos alguém, precisamos viver com esta pessoa. Assim, não estaremos nos relacionando pelos conceitos anteriores (pré-conceitos), mas pelo que fomos apreendendo da pessoa em suas atitudes diárias. Aí, entramos num outro ponto: o que apreendemos é realmente o que é? Deixemos para conversar disso n’outro dia!
Até daqui a pouco. Abraços.

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