sábado, 21 de fevereiro de 2009

Amizades de base narcísica...

Algumas coisas na vida assumem uma pluralidade de formas, uma diversidade tamanha, que mesmo sendo a mesma coisa, são diferentes. Carros, casas, animais - e inclusive nós, pessoas. E, assim como diferimos, nossas atitudes e posturas ante um mesmo fenômeno são diferentes. A forma como vemos, como refletimos e como agimos diante de certas circunstâncias são diferentes e com as relações, não difere.
To postando hoje pra falar de amizade. Aliás, de uma em especial - uma que me desperta certa inqueitação: a interesseira. É fato que temos amigos com os quais podemos contar sempre que precisamos; acho que esses são aqueles que podemos realmente considerar AMIGOS. São pessoas que não nos abandonam e que estão sempre presentes em nossas vidas - mesmo quando estão distantes.
Existem aquelas amizades que são ocasionais, que vão e voltam. Mas que de certa forma, estão por ali, esperando um grito. Outras são temporárias, e quando se tomam caminhos distintos, tendem a desaparecer, ou tem uma luz tão tênue que é difícil ver.
Mas a pior, é a interesseira. Camuflada de amizade, essa relação surge ou acontece apenas quando é benéfica para alguém. Aparece quando o "amigo" precisa do seu carro, quando precisa fazer um trabalho, quando quer algum favor. Vem cativando, com um sorriso no rosto, palavras doces, voz sedutora. "Sabe o que é, precisava que você me aceitasse no seu grupo, por que tô com dificuldade nesta matéria..." "Então, será que você não podia, comentar no meu blog?"
"Ei, você não podia me levar ao baile?"
E, no outro dia... cadê o "amigo", nem se quer olha pra você. Não cumprimenta, ignora.
E você... faz cara de putinha e cumprimenta? Ignora? Humilha?
Depois de amanhã, dando muito lucro para os produtores de óleo de peroba, está lá o amiguinho, como um gato querendo comer, te abraçando, te beijando, pra conseguir algo. Tenho que acrescentar que, obviamente o interesseiro não é assim tão tolo, no sentido em que não some repentinamente (ao contrário, aparece repentinamente), mas vai esquivando-se aos poucos.

Mas, pra conhecer mesmo... só convivendo. E pra acabar com as amizades interessereiras, só punindo-as, consequenciando-as como merecem, ou seja, dizendo NÃO!
Por hora é só...
Até o proximo post (já tô com dois em mente).
:* / [ ]s

4 comentários:

Ana Saragossa disse...

Amizades - nós escolhemos quais queremos. É só sentir ... =)))
Feliz aniversário
bjo!

Jailton disse...

Conviver e sentir, eu diria!
Sentir mto, com certeza...
Brigadu Ana
Bjus

Lora disse...

Well, well, well...

Dois comentários:
1) A hora que li o título "amigos" pensei que teríamos um post com conteúdos mais otimistas... afinal, falar de amigos, é falar de coisas boas (pelo menos, eu com os meus :P). Maaass me enganei. Sugiro mudar o título =P

2) Yeah, nós somos interesseiros. Isso mesmo NÓS. Como discutia como uma amiga "altruísmo, ainda existe?". Já tomei atitudes interesseiras diante de meus amigos, assim como eles também fizeram comigo. E assim como você, jajá, algum diam com alguém. A questão que pega aqui é o quanto fazemos a relação sobreviver por realização de favores, não por companheirismo, cumplicidade.
E cabe a VOCÊ dizer não às primeiras do tipo. ;)


Enfim... Feliz Aniversário :D
uhauhauhhua

Jailton disse...

Bem.
A questão não é que tomamos atitudes interesseiras. O que queria falar é de uma amizade movida por interesses - e sabemos que algumas nao se formam pela cumplicidade, mas pelo interesse. Sabemos também, principalmente nós, psicolandos, que a sociedade faz que usemos o outro como objeto de satisfação narcísica. É isso que eu acho errado. E amigos, são para gente pedir favores, de vez em qdo.
Por hora, é só.